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Israel e Hamas iniciam trocas de prisioneiros e reféns em acordo mediado por potências internacionais



Israel anunciou neste domingo (19) a libertação do primeiro grupo de 90 prisioneiros palestinos, marcando o início de um acordo histórico mediado por Estados Unidos, Catar e Egito. Em contrapartida, o grupo Hamas entregou três reféns israelenses, em uma medida que sinaliza uma possível resolução para o conflito que devastou a região nos últimos meses.

Primeira etapa do acordo

O acordo estabelece que, para cada grupo de reféns israelenses liberados, prisioneiros palestinos também serão soltos. Nesta primeira fase, o Hamas entregou três reféns israelenses — todas mulheres com idades entre 24 e 31 anos. Israel, por sua vez, libertou 90 palestinos, a maioria mulheres e menores de idade.

A lista de nomes dos prisioneiros palestinos não foi divulgada, mas fontes confirmam que não inclui lideranças do Hamas ou de outros grupos armados. As negociações demoraram mais de seis meses e enfrentaram atrasos devido à troca de listas e revisões de nomes. O cessar-fogo, parte essencial do tratado, teve início após um atraso de três horas no domingo.

Reféns israelenses liberadas

As três mulheres libertadas pelo Hamas são:

  • Romi Gonen, 24 anos: sequestrada em um festival de música em outubro de 2023.
  • Emily Damari, 28 anos: cidadã britânica-israelense capturada no Kibutz Kfar Aza.
  • Doron Steinbrecher, 31 anos: enfermeira veterinária, rendida em sua residência.

Elas foram entregues à Cruz Vermelha e passarão por avaliações médicas ao chegarem em Israel.

Detalhes do acordo

Na primeira semana, a proporção de troca será de 30 a 50 prisioneiros palestinos para cada refém israelense. Além disso, o acordo inclui:

  • Recuo de tropas israelenses da Faixa de Gaza;
  • Retorno de moradores de Gaza ao norte da região, com restrições ao porte de armas;
  • Reabertura gradativa da travessia de Rafah para o Egito;
  • Aumento na entrada de ajuda humanitária em Gaza, com 600 caminhões diários previstos.

A expectativa é que o cessar-fogo e as trocas continuem ao longo de semanas, culminando na liberação de 33 reféns israelenses e cerca de 2 mil palestinos.

Perspectivas futuras

O acordo também aborda etapas posteriores, incluindo a retirada completa de Israel da Faixa de Gaza e a devolução dos corpos de reféns mortos. Entretanto, o futuro governamental de Gaza ainda é incerto, com Israel rejeitando qualquer possibilidade de que o Hamas continue no comando.

A comunidade internacional acompanha de perto o desenrolar do acordo, que pode representar um marco na busca pela paz na região, mas também enfrenta desafios significativos para sua implementação plena.

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